Sebastião Salgado é mais do que um fotógrafo — ele é um contador de histórias da humanidade. Sua câmera não apenas capta imagens, mas traduz em luz e sombra a essência de vidas marcadas pela luta, pela dignidade e, muitas vezes, pela dor. Nascido no interior de Minas Gerais, Salgado trocou uma carreira em economia por um caminho incerto, mas profundamente vocacional: o de revelar ao mundo o que muitos preferem não ver.

Seus projetos, como Êxodos, Trabalhadores e Gênesis, são testemunhos viscerais da condição humana e da grandiosidade do planeta. Ao fotografar mineiros nas profundezas da terra, refugiados em travessias impossíveis ou tribos isoladas na floresta, Salgado nos convida a olhar para o outro com compaixão e responsabilidade. Seu olhar é poético, mas nunca condescendente; é crítico, documental, mas sempre movido por uma empatia inabalável.
Para muitos fotógrafos, ele é um farol. Não apenas pela técnica impecável do preto e branco ou pela composição magistral de suas imagens, mas pela coragem de usar a fotografia como instrumento de transformação. Salgado mostrou que a câmera pode ser um ato de resistência, uma ponte entre mundos distantes, uma semente de esperança.



Em tempos em que a imagem é muitas vezes superficial e descartável, Sebastião Salgado nos lembra que fotografar é, antes de tudo, um ato de escuta. E por isso, ele é — e continuará sendo — uma referência ética e estética para gerações de fotógrafos que acreditam que a arte pode, sim, mudar o mundo.


Um mestre eterno para mim. 🖤📸
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